Quando Santos-Dumont se suicidou aos 59 anos, o fato foi escondido do público durante muitos anos,
bem como seu atestado de óbito foi adulterado para que não se conhecesse a real causa de sua morte.
O médico legista que fez a autópsia achou um crime enterrar o coração de pessoa tão generosa.
Então ele tirou o órgão, à revelia da família, guardou e enterrou o corpo sem coração, o que é proibido por lei.
Somente em 1942, esse médico fez a doação do coração de Santos=Dumont ao Ministério da Aeronáutica - Força Aérea Brasileira (FAB).
O órgão foi colocado numa escultura de jade, com uma esfera de ouro, e está exposto em câmara ardente, no Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro.
Hoje, os restos de Santos=Dumont descansam à sombra de uma frondosa mangueira, em Botafogo, no jazigo que mandou construir para a família, na ala mais antiga do cemitério São João Batista.
Ali, é possível apreciar a réplica da estátua de Ícaro com que foi homenageado, em Paris, em 1913, pelo Aeroclube da França.
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Coração de Santos=Dumont - MUSAL/RJ
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