Foi
dada a largada para as comemorações do centenário do primeiro vôo do 14
bis, nesta sexta-feira (21). O Presidente da República Luiz Inácio Lula
da Silva fez um pronunciamento, em cerimônia reservada, após a
solenidade do Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (comemorado em
23 de outubro). Com o broche que simboliza o centenário na lapela, o
presidente afirmou que usará o acessório como forma de respeito a
Santos-Dumont, pai da aviação brasileira. Luiz Inácio Lula da Silva
disse ainda que Santos-Dumont “marca e honra” a sua gestão , e
corrobora que “o melhor do Brasil é o brasileiro”.
Na
ocasião, o presidente entregou exemplares de livros infantis que contam
a história e a obra de Santos-Dumont a dois sobrinhos-tataranetos do
inventor, Helena e Guilherme Villares; e a Eric Lorenzo, que
representou as crianças das escolas brasileiras. As crianças,
inclusive, são parte do objetivo da campanha do centenário, segundo o
presidente: “Um dos projetos imaginados
como mais simples é aquele que atenderá milhares de crianças, alunos
das escolas públicas, com a distribuição de livros infantis sobre a
vida de Santos Dumont. É um projeto simples na criação, mas de grande
extensão no tempo. Serão, certamente, os netos e bisnetos dessas
crianças que, um dia, farão parte da comissão do bicentenário do vôo do
14 bis. É com o ato da entrega desses exemplares a essas crianças que
fico com a certeza da perpetuação da memória desse gênio”.
Fazendo
referência aos americanos irmãos Wright, que reivindicaram a primazia
do vôo (eles afirmaram ter voado antes de Dumont, em 1903, mas não
apresentaram provas concretas da realização do vôo), o presidente Lula
reforçou que Santos-Dumont será conhecido no mundo inteiro como o pai
da aviação: “Já houve quem quisesse ter a primazia de ter inventado o
avião, tentando negar os feitos extraordinários de Santos Dumont. No
próximo ano, nós iremos dedicar o ano inteiro de comemoração para que a
gente possa fazer valer, não apenas aos brasileiros, mas ao mundo
inteiro, quem é o Pai da Aviação. É um brasileiro chamado Santos
Dumont, e o resto é apenas pretensão”.