O último vôo de Santos=Dumont foi com o Demoiselle, o
seu avião de Nº 20, semelhante aos ultraleves de hoje. O
apelido foi dado pelo povo parisiense, que antes já havia
cunhado o Nº 7 de Balladeuse, a passeadeira.
"Durante 10 anos ele construiu 20 balões e aeroplanos, voou em
todos eles e submeteu-se a todos os tipos de tensão e de
descargas elétricas", conta Henrique Lins de Barros,
biógrafo do aeronauta e pesquisador do Museu de Astronomia.
A despedida dos vôos e a retirada de cena dos grandes
acontecimentos deixaram o inventor brasileiro triste, sentindo-se
esquecido e, com o tempo, deprimido.
Porém, esta depressão, para o pesquisador do Museu, teve
relação também com a doença que nele se
desenvolveu com mais evidência a partir dos anos 20 do
século passado, isto é, depois dos 40 anos de idade.
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