ALBERTO SANTOS DUMONT

Já se passaram 69 anos após sua morte, Santos Dumont, o inventor do avião, continua sendo assunto frequente em Guarujá, pois foi a cidade que escolheu para viver os seus últimos dias, até porque muitas pessoas que tiveram contato com ele estão vivas e ainda residem no município.
Oriundo de uma família rica ( exploradores de ouriversaria e pedras preciosas), Santos Dumont nasceu em 1873. Passou sua infancia na fazenda de café do pai, que era a maior da América Latina com 5 milhões de pés de café.
Fanático por livros do escritor francês Jules Verne, o pequeno Alberto começou suas experiências com pequenos balões, nas festa juninas, chegou a construir pipas exóticas e até pequenas aeronaves movidas a elásticos e hélice.
Era um gênio da mecânica. Aos 7 anos dirigia os automóveis da fazenda, aos 12 passou a manejar, desmontar e consertar as locomotivas Baldwin.
Foi a Paris pela primeira vez buscando tratamento para o pai, doente, e lá viu um motor a petróleo funcionando, o que lhe despertou profundo interesse. Aos 19 anos , seu pai emancipou-o e garantiu sua liberdade financeira para o resto da vida. Ele viajou para Paris e passou a estudar automóveis( foi o primeiro brasileiro a introduzir  no Brasil um automóvel a petróleo ).
Para chegar aos balões, se empregou como piloto de uma empresa. Construi seu primeiro balão, o Brasil, dois anos depois, e 13 dirigíveis, com os quais conquistou um prêmio de 100 mil francos, que financiou a construção de outros balões e do 14 Bis, a primeira aeronave a deslizar e decolar usando apenas suas próprias forças, em 1906, nos campos de Bagatelle.
Durante três anos construiu outros tipos de aviação e, em 1909, abandonou os estudos, voltou para o Rio de Janeiro e se estabeleceu em Petrópolis, onde ainda criou vários inventos.
O chalé onde residiu em Petrópolis, foi transformado em Museu.
No Guarujá era frequentador do Grande Hotel La Plage, onde posteriormente passou a residir e conheceu a cantora lírica Bidu Sayão por quem manteve uma grande amizade.
Segundo Iraci Morrone, residente em guarujá e na época camareira do hotel, Santos Dumont , era um homem metódico, mantinha tudo extremamente arrumado e no lugar.
Oswaldo Cáfaro diz que Dumont era uma pessoa bastante reservada e que demonstrava a depressão que sentia no dia-a-dia.
Santos Dumont era uma pessoa sentimental e sensível aos acontecimentos, e não lhe passava despercebido o uso de aviões na revolução constitucionalista de 1932, houve também um acidente com avião no Rio de Janeiro que o magoou muito, outros afirmam que sua depressão teve início com a ida da cantora Bidu Sayão para a Europa.
O aposentado Antônio Mendes, 84 anos, foi a última pessoa a vê-lo com vida. No dia do suicídio, Antônio levou Dumont , de charrete, a ilha que fica em frente ao Shopping La Plage, há períodos em que é possível ir até a lha a pé.
Dumont estava sereno e não havia nenhum indício de que dali a poucas horas iria se matar. Quando desceu da charrete, comentou comigo:"Eu inventei a desgraça do mundo". "Ele não era de muita conversa, e não seria comigo, um moleque de 17 anos que o faria mudar".
Quando retornou ao Grande Hotel La Plage, Santos Dumont entrou no quarto e não saiu mais. Na hora do almoço, funcionários sentiram sua ausência e o procuraram, bateram na porta , mas não obtiveram resposta. O funcionário da limpeza do hotel, Adelino Cardoso, arrombou a porta e encontrou o inventor morto no banheiro.
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Sua filha Sra. George Lamarse residia em Paris.


A principal avenida que liga Guarujá ao Distrito de Vicente de carvalho tem seu nome em homenagem.
Atualmente a Prefeitura de Guarujá na gestão do Dr. Maurici Mariano, constrói um abrigo onde ficará exposto a visitação pública o veículo que conduziu o corpo de Santos Dumont após sua morte.


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