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E.
F. Dumont (1890 - 1940) |
DUMONT
Município
de Dumont |
tronco - km |
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D/RD-04 |
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Inauguração:c.
1890 |
Uso atual:residências
e cartório |
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sem trilhos |
Data de construção do prédio
atual:c. 1890 |
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HISTORICO
DA LINHA: A E. F. Dumont, construída pela Mogiana para ser um ramal
de bitola de 60 cm, saía de Ribeirão Preto e chegava à
fazenda Dumont, de propriedade de Henrique Santos Dumont, a oeste de Ribeirão.
O tronco da ferrovia, também chamada de Ramal de Dumont, tinha cerca
de 25 km, mas havia também 4 ramais que saíam da linha principal.
A Mogiana a vendeu logo após construída para a Fazenda Dumont,
que passou a operá-la, inclusive com transporte público de
passageiros. Começou a operar em 1890 e foi fechada, com a venda
da fazenda e de seus ativos, em 1940, sendo os seus trilhos imediatamente
retirados. Por quase todo o seu leito passa hoje a rodovia Ribeirão
Preto-Pradópolis. Duas de suas locomotivas (eram 4) foram vendidas
à E. F. Perus-Pirapora. |
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A ESTAÇÃO:
A fazenda Dumont, de propriedade de Henrique Santos Dumont,
pai de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação,
era, entre 1870 e 1890, uma das maiores fazendas de café do mundo.
Em 1890, a Mogiana construiu a linha de Ribeirão Preto à
fazenda e imediatamente o vendeu a Henrique, que passou a operá-lo.
No ano seguinte, Henrique sofreu um acidente (queda de cavalo), que o levou
a, desanimado, vender a fazenda aos ingleses, que fundaram a Dumont
Coffee Company, em 1896. Estes passaram a operar também a ferrovia.
Com as sucessivas crises do café, a maior delas em 1929, os ingleses
venderam e lotearam toda a fazenda, inclusive os trilhos da ferrovia. Segundo
se conta, a operação foi intermediada pelo Governo do Estado
e não teria sido muito lícita. Além disso, segundo
alguns, o acordo de venda previa que a linha principal da ferrovia deveria
continuar operando para o transporte de passageiros desde Ribeirão,
fato que não aconteceu, tendo sido os trilhos retirados logo em
seguida (1940). Isto deixou no desemprego vários funcionários
da ferrovia, que passaram a ter de trabalhar como lavradores para sobreviver.
Em poucos anos a fazenda loteada se transformou numa pequena cidade, que
se emancipou como município em 1953. Hoje restam a casa da fazenda
e mais algumas casas, espalhadas pela cidade, principal-mente em sua parte
baixa. A estação de Dumont ficava junto com as casas
dos funcionários e do telégrafo, na fazenda Dumont.
Hoje este conjunto fica a cerca de um quarteirão da praça
central da cidade, e numa das casas funciona o cartório. A plataforma
de embarque e sua cobertura, que ficavam ao longo das casas, já
não mais existem. Sobraram também as memórias de Ângelo
Lorenzato, italiano de 93 anos (em 2001), morador da cidade que é
aparente-mente o último funcionário vivo da ferrovia, tendo
sido um de seus maquinistas. Graças a ele, grande parte da história
da ferrovia Dumont pôde ser levantada. |
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A estação de Dumont era aqui. Em frente a essa fileira
de casas, sendo que a primeira à esquerda era a casa do telégrafo,
ficava a plataforma de embarque. Foto do autor em 25/09/2001 |
Armazém da ferrovia em Dumont, um pouco antes da chegada à
plataforma de passageiros. Foto do autor em 25/08/2001 |
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Atualização:11.10.2001 |
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