DEBATE - IV
|
Manisfesto de Repúdio |
“Estão
Tentando Apagar da História o Nome do Ilustre Brasileiro Alberto
Santos-Dumont, o Verdadeiro Inventor do Avião e o Primeiro Homem
a Voar o Mais
Pesado Que o Ar.”
Manifesto de
Repúdio e Protesto Contra a
Falsa Primazia dos Irmãos Wright
Devido
ao alarde referente às comemorações realizadas nos
Estados Unidos, a partir do
final do ano de 2003, com a intenção de comemorar o
centenário dos alegados
feitos dos irmãos Wright e devido aos documentários
exibidos em nosso país
pelos canais de televisão Discovery Channel e History Channel e
outros veículos
de comunicação, afirmando ou induzindo o espectador a
concluir que os irmãos
Wright foram os primeiros a inventar e a voar uma aeronave com motor,
bem como
foram também os inventores do avião, manifestamos o nosso
repúdio e protesto
contra essa situação, pois não existe nenhuma
prova cientificamente válida de
que os irmãos Wright foram os primeiros a inventar e a voar uma
aeronave com
potência, nem, tão pouco, existem provas cientificamente
válidas de que eles
inventaram o avião.
É
inaceitável que organizações estrangeiras
venham ao Brasil, terra do Pai da Aviação, veicular
inverdades sobre a História
da Aviação, tentando subtrair, indevidamente, de nosso
grande e Ilustre
inventor Alberto Santos-Dumont, o reconhecimento pela
invenção do avião e o
reconhecimento de ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado que o
ar.
Tais
organizações, ao divulgar diversos fatos
inverídicos, tentam impor ao nosso
povo uma versão parcial e errônea de suas visões
distorcidas a respeito de
fatos históricos da Aviação, objetivando creditar,
incorretamente, aos
americanos irmãos Wright os justos reconhecimentos exclusivos
atribuídos,
merecidamente, a Santos-Dumont, relegando nosso Ilustre inventor a um
papel de
mero coadjuvante com, praticamente, nenhuma importância na
História da Aviação,
no que tange ao primeiro vôo e ao invento do mais pesado que o ar.
Essas
organizações estrangeiras, com suas
atitudes totalmente equivocadas, prestam uma
desinformação e um desserviço à
nossa sociedade, à nossa cultura e ao nosso povo.
É
inadmissível divulgar uma visão equivocada a respeito dos
irmãos Wright na
terra de Santos-Dumont, principalmente, devido ao fato de que as
supostas
realizações dos irmãos Wright não
são comprovadas pela Ciência e, portanto, não
são verdadeiras. Essa situação é,
também, inadmissível, devido ao fato de
estarem lesando, injustamente, a imagem de nosso Ilustre inventor ao
tentarem
subtrair o que por direito e historicamente a ele pertence.
Estaremos
sempre alertas a essas tentativas
espúrias e não admitiremos, jamais, que se furtem de
nosso Ilustre inventor
brasileiro os méritos a ele atribuídos, por absoluta
justiça e reconhecimento
cientifico, pelo fato de ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado
que o
ar e de ser o verdadeiro inventor do avião, sendo que tal fato
foi corretamente
reconhecido, sob a supervisão do Aeroclube da França, sem
o uso de nenhum
subterfúgio condenável.
Não
existe nenhuma prova que satisfaça as
exigências da metodologia científica e da História
da Ciência para poder
creditar aos irmãos Wright a primazia de terem realizado o
primeiro vôo com
potência, nem a primazia de terem inventado o avião.
Devido
à aeronave supostamente inventada pelos Irmãos Wright
não ser, tecnicamente, um
avião, pois dependia de auxílios externos para poder
decolar (mono trilho e
vento ou catapulta), teremos que usar os seguintes termos neste texto,
para
designar, ou referir-se a tal aeronave: aeronave com motor; aeronave
com
potência; aeronave motorizada; mais pesado que o ar; vôo
com potência; e vôo
com motor.
A
título de esclarecimento, é importante informar que um
dos grandes pioneiros do
vôo em aeronave sem potência, isto é, que não
tinha motor (planador) foi Otto
Lilienthal, tendo realizado muitas experiências e vôos em
planadores entre 1891
e 1896, muito antes dos vôos planados feitos pelos irmãos
Wright e dos vôos
feitos por Santos-Dumont.
Muitos
adeptos dos irmãos Wright declaram
que eles realmente não inventaram o avião, pois um
avião de verdade decola, voa
e pousa com seus meios próprios. Mas que, apesar de não
terem inventado o
avião, os irmãos Wright foram os primeiros a inventar e a
voar uma aeronave com
motor.
Tal
declaração não é verdadeira e é
totalmente desprovida de qualquer fundamento científico, pois ao
analisarmos,
seriamente, todos os fatos relacionados aos irmãos Wright,
verificamos que eles
não foram os primeiros a voar e nem a inventar nenhum tipo de
máquina voadora
com motor, devido à inexistência de provas válidas.
Eles não inventaram e não
voaram absolutamente nada antes de 1908. No máximo, só
fizeram tentativas, mas
totalmente falhas, sendo que, até mesmo, tais tentativas,
são difíceis de
provar, devido a sofrerem os mesmos problemas quanto às devidas
autenticações
válidas, para comprovar a realização das mesmas.
Os
Irmãos Wright alegaram ter feito vários vôos em
aeronave com motor nos anos de
1903, 1904 e 1905, mas nunca conseguiram provar que tais vôos,
realmente, foram
realizados, mas, infelizmente, conseguiram angariar adeptos, que
acreditaram em
suas alegações, sem solicitar as provas válidas,
necessárias para certificar
se, os alegados feitos dos irmãos Wright, eram verdadeiros.
Os
adeptos dos irmãos Wright, na falta de provas convincentes,
sempre formularam,
erroneamente, hipóteses como provas, mas hipóteses
não são provas, são apenas
suposições que carecem de comprovações
científicas, sendo que, tais hipóteses,
nunca foram comprovadas perante os critérios da Ciência.
Tais
adeptos, também, usam o nome do renomado instituto americano
“Smithsonian
Institute” como certificação, pois, tal instituto
americano, aceitou os Irmãos
Wright, sem as necessárias provas científicas
válidas e, até hoje, o
“Smithsonian Institute” não conseguiu responder, corretamente,
por que tomou
essa decisão sem embasamento científico.
As
supostas provas apresentadas pelos irmãos Wright, com
relação aos vôos
supostamente realizados por eles em 1903, 1904, e 1905, são: a)
fotografias; b)
testemunhas leigas; c) relatórios contidos nos diários
dos próprios irmãos
Wright, escritos por eles mesmos; d) um telegrama emitido pelos
próprios irmãos
Wright, endereçado ao pai deles; e) algumas
publicações, sobre os alegados
vôos, feitas pela imprensa não especializada, sendo que, a
imprensa, nunca
cobriu tais supostos vôos, de maneira aceita cientificamente, no
sentido de se
colaborar na comprovação das alegações dos
supostos irmãos inventores.
Existem,
também, os destroços da primeira
suposta aeronave, o Flyer I, que foi totalmente destruída,
devido aos fortes
ventos a que foi exposta, após a realização dos
alegados primeiros vôos em 17
de dezembro de 1903, sendo que, tais destroços, são
considerados por muitos
como provas.
Com
relação aos supostos vôos de 1903, existem algumas
importantes observações que
devem ser analisadas. Segundo as declarações contidas no
relatório redigido
pelos próprios irmãos Wright, que fazem parte do
diário dos supostos irmãos
inventores, a suposta aeronave só podia decolar e voar com o
auxílio do vento
(a catapulta ainda não era utilizada em 1903, ela foi utilizada
a partir do
segundo semestre de 1904).
Dessa forma os
supostos vôos
realizados em 1903 não
podem ser considerados vôos verdadeiros, pois uma verdadeira
aeronave
motorizada não depende de vento para voar. Portanto, aquela
suposta aeronave
não pode ser considerada como uma aeronave motorizada
verdadeira. No máximo,
tal aeronave, poderia ser considerada, apenas, como um planador
auxiliado por
motor, sendo que, tal motor, era incapaz de fazer tal aeronave voar por
seus
meios próprios, tanto na decolagem, quanto no vôo
propriamente dito.
Uma
outra importante observação é que os irmãos
Wright não relataram nenhum vôo sem
a utilização do vento em 1903. A única tentativa
relatada, sem o uso do vento,
foi em 14/Dez/1903, quando eles tentaram decolar morro abaixo, com o
uso da
gravidade e de trilhos como auxílios externos. Porém, tal
tentativa falhou e a
desculpa, convenientemente, dada é que foi executada uma manobra
errônea
durante o processo de decolagem, quando a aeronave já estava no
ar, logo após
ter sido lançada pelos trilhos e pela gravidade.
O que na
realidade deve ter
acontecido é que a aeronave era incapaz de voar sem o
auxílio do vento e
acidentou-se, sendo que, conseqüentemente, os irmãos Wright
abandonaram a idéia
de tentar voar sem o auxílio do vento, usando apenas a gravidade
e trilhos. Os
adeptos dos irmãos Wright não concordam com tais
afirmações, mas não conseguem
provar que tal fato não aconteceu e não conseguem provar
que a suposta aeronave
não era totalmente dependente do vento, inclusive para voar e
não apenas para
decolar.
Portanto,
fica constatado que os irmãos Wright, através da
análise de seus próprios
relatos, não têm como confirmar que voaram e nem
inventaram o mais pesado que
ar em 1903.
Existe,
ainda, mais uma importante consideração, a respeito
desses supostos vôos
planados: Nem a realização desses supostos vôos
planados e nem as suas
tentativas fracassadas, podem ser comprovados cientificamente, devido
ao fato
de as provas apresentadas não serem aceitas pelos
critérios da Ciência como
válidas.
Com
relação aos supostos destroços da suposta aeronave
de 1903, eles foram
apresentados “após 1908” (depois de outros pioneiros terem
voado) e não existe
comprovação científica de que tais
destroços, realmente, pertenceram a uma
aeronave feita em 1903 e não existe comprovação
científica de que tais
destroços não são uma fraude, convenientemente
feita após 1908, de tal forma
que, se fosse recuperada, poderia voar, ou possibilitaria que uma
réplica
voasse.
Esses
destroços foram restaurados e estão em um museu nos
Estados Unidos e através
desses mesmos destroços, foram feitas, recentemente, pesquisas e
engenharia
reversa na tentativa de, juntamente com dados fornecidos “após
1908” pelos
irmãos Wright (depois de outros pioneiros terem voado),
construir algumas
réplicas do Flyer I.
Uma
réplica que foi finalizada em 2003 em parceria com a EAA, Ford
Motors,
Microsoft Flight Simulator e outros participantes está sendo
alardeada como
cópia fiel da primeira aeronave Flyer I, mas as
informações fornecidas não são
esclarecedoras no sentido de se concluir, com certeza, que a
réplica é
realmente 100% igual ao suposto original, devido à não
existência de explicação
satisfatória, informando se os inúmeros desafios
existentes foram resolvidos.
Um dos
objetivos principais dessa réplica, além da
comemoração do alardeado
centenário, é tentar provar que a aeronave original,
realmente, podia voar e,
conseqüentemente, por via indireta tentar provar que os
irmãos Wright, efetivamente,
voaram em 1903 o mais pesado que o ar. Mas, como foi aqui mencionado,
não
existem provas cientificamente válidas de que a aeronave
restaurada dos
destroços, que está no museu, realmente é a
primeira aeronave feita em 1903 e
não uma fraude feita depois de 1908.
Dessa
forma, não há meios de autenticar se a suposta
réplica é, realmente, uma cópia
do suposto original de 1903.
Uma
observação relevante é que se tal réplica
fizer, exatamente, o que fazia o
suposto original para voar (dependência do vento), não
pode ser considerada
como uma aeronave verdadeira que voa com motor e, ainda, se ela puder
voar sem
o auxílio do vento, não pode ser considerada como uma
réplica verdadeira, pois
o suposto original nunca voou e nunca conseguiu voar sem a ajuda do
vento.
Portanto,
tal suposta réplica, além de não
existirem meios de autenticá-la como cópia verdadeira,
não comprova
absolutamente nada, no que tange à confirmação da
suposta invenção e do suposto
primeiro vôo do mais pesado que o ar, supostamente realizados
pelos irmãos
Wright.
Com
relação às testemunhas de tais supostos
vôos, existem muitos questionamentos
que invalidam a prova testemunhal tais como: Incompreensão com
relação ao
evento testemunhado; Faltar com a verdade; Interesses diversos sobre o
resultado
da comprovação dos eventos; Sentimento nacional por serem
americanos; Serem
enganadas; etc. Devido a esses questionamentos, a Ciência
não aceita
testemunhas como prova comprobatória dos alegados supostos
feitos dos irmãos
Wright.
Dessa
forma, as testemunhas, entre outras causas, poderiam ter sido enganadas
por
serem leigas no assunto ou, ainda, não terem entendido o que
supostamente
observaram. O que essas testemunhas viram? Elas viram um vôo
verdadeiro ou um
vôo de planador com motor, sendo que tal motor não
influenciava em nada a
manutenção da aeronave em vôo? Existem muitos
outros questionamentos possíveis,
com relação aos alegados eventos testemunhados, que
são impossíveis de serem
respondidos satisfatoriamente.
Quando
existem dúvidas ou outras
possibilidades de resposta a determinado fato, a Ciência exige a
confirmação do
fato através de mais investigação para poder
determinar sem dúvidas que tal
fato é verdadeiro. Se tais confirmações exigidas
pela Ciência não forem
possíveis de se realizar, o fato em questão não
é confirmado e não é aceito
como verdadeiro. Portanto, as provas testemunhais apresentadas pelos
adeptos
dos irmãos Wright e pelos próprios irmãos Wright
são desprovidas de aceitação
científica e, conseqüentemente, não aceitas como
provas para as alegações em
questão.
Com
relação aos vôos alegados de
1903, não existe prova cientificamente válida que
comprove que as testemunhas
apresentadas, que supostamente testemunharam os supostos vôos de
Dez/1903,
realmente estiveram presentes e viram os eventos alegados.
Um fato muito
importante, entre
muitos outros de grande relevância nesse assunto, que coloca em
dúvida as
pretensas provas testemunhais de 1903, apresentadas pelos irmãos
Wright, é que
eles não arrolaram como testemunha o Sr. Alpheus Drinkwater,
que, além de ter
testemunhado os eventos de 1903 em questão, trabalhava no posto
telegráfico,
que ficava perto do campo onde os supostos vôos foram realizados
e que foi o
responsável pela emissão do telegrama dos irmãos
Wright, que anunciava a
realização dos supostos vôos motorizados de
17/Dez/1903 ao pai deles Sr. Bishop
Milton Wright.
O Sr. Drinkwater
declarou em
16/Dez/1951, ao jornal “The New York Times”, que os vôos que ele
testemunhou,
realizados em 17/Dez/1903 pelos irmãos Wright, não eram
vôos verdadeiros e sim
vôos planados e declarou, ainda, que os irmãos Wright
realizaram vôos
verdadeiros, somente, no ano de 1908.
Esse fato histórico não é,
convenientemente, mencionado em nenhum
documentário, pois é extremamente prejudicial à
imagem dos Irmãos Wright.
Como pode ser
observado, não
existe um critério coerente na apresentação de
testemunhas, pois umas são
qualificadas e outras não, conforme a conveniência dos
adeptos dos irmãos
Wright. Os mesmos critérios duvidosos que qualificam ou
desqualificam o Sr.
Alpheus Drinkwater perante os adeptos dos irmãos Wright podem
ser aplicados às
outras testemunhas aceitas de 1903, devido à inexistência
de fatos
comprobatórios válidos, que possam autenticar a
veracidade da presença das
testemunhas no local, durante a realização dos supostos
vôos de Dezembro de
1903.
Dessa
maneira, como pode ser observado, no caso específico dos
irmãos Wright, as
pretensas provas testemunhais apresentadas, não são
aceitas como válidas,
independente de serem muitas ou poucas, devido aos inúmeros
questionamentos
científicos existentes que invalidam tais pretensas provas
testemunhais.
As
únicas provas testemunhais aceitas em alguns casos pela
ciência são aquelas,
comprovadamente, isentas de qualquer interesse no resultado dos eventos
relatados e que não são invalidadas por nenhum
questionamento científico.
Declarações quanto a moral elevada não são
consideradas e nem aceitas pela
ciência na certificação de fatos testemunhados.
As
únicas provas testemunhais que poderiam ser aceitas no caso dos
irmãos Wright
seriam aquelas obtidas por uma comissão de pessoas entendidas em
Aviação,
especialmente criada para avaliar os fatos em questão, sendo que
as supostas
realizações alegadas pelos irmãos Wright nunca
foram validadas dessa maneira.
Tais pessoas, entendidas em Aviação, já existiam e
estavam disponíveis naquela
época.
Com
relação aos filmes mostrados sobre os irmãos
Wright, é importante observar que,
sem exceção, todos são de 1908 em diante,
não existe nenhum filme anterior a
1908. Muitas vezes tais filmes são mostrados durante as
narrativas de seus
supostos feitos anteriores a 1908, induzindo o espectador a pensar que
tais
filmes são de 1903, 1904 e 1905.
O mesmo problema tem
ocorrido com relação a
muitas fotos, sendo que não existe comprovação de
que tais fotos sejam
anteriores a 1908 e fotos não são provas de que um
aparelho esteja realmente
voando com potência e não apenas planando. Algumas fotos
de supostos vôos de
1905, aparentemente autenticadas, somente com relação
à data, não comprovam a
realização de um verdadeiro vôo com potência
e não descartam as suspeitas de
ser apenas um vôo planado com motor, sendo que, tal motor,
não influenciava em
nada tal suposto vôo, bem como tais fotos não descartam a
possibilidade de
fotografia fraudulenta.
Com
relação ao telegrama emitido pelos irmãos Wright,
bem como, com relação aos
relatórios sobre os vôos alegados contidos no
diário dos Irmãos Wright, que são
indevidamente apresentados como provas dos supostos vôos,
é fácil concluir que
não são válidos, pois qualquer pessoa pode
escrever o que bem entender em seus
relatórios e telegramas. Um telegrama ou um relato escrito pelo
próprio
inventor deve ser acompanhado de provas cientificamente válidas
que comprovem
os relatos em questão. Porém, tal
comprovação inexiste no caso em questão.
Todos
as provas apresentadas pelos irmãos Wright e pelos seus adeptos
não geram fato
comprobatório dos eventos em questão, nem isoladas e nem
quando consideras em
conjunto, por não atenderem aos critérios exigidos pela
metodologia científica.
No caso
específico dos irmãos Wright, tais pretensas “provas”
não são provas na
realidade e seriam somente aceitas, se fossem verdadeiras, para dar
corpo e
reforçar uma suposta prova válida, como por exemplo, um
relatório emitido por
uma comissão julgada competente em assuntos de
Aviação, porém tal prova válida
não existe.
Analisemos
o seguinte assunto, envolvendo Santos-Dumont, para melhor
compreendermos a
idéia descrita no parágrafo anterior.
Santos-Dumont,
também, possui os mesmos tipos de “provas”, mas essas são
verdadeiras, que
reforçam a comprovação de seus feitos. São
elas: Fotos; Testemunhas leigas;
Artigos em Jornais e Revistas; Telegramas; Relatos do próprio
inventor; etc.
Poderíamos,
também, considerar que as “provas” de Santos-Dumont, descritas
no parágrafo
anterior, quando analisadas isoladamente ou em conjunto não
são suficientes
para a comprovação dos fatos ocorridos.
Mas
existe uma prova verdadeira que, realmente, comprova cientificamente os
feitos
de Santos-Dumont em 23/Out/1906 e em 12/Nov/1906, que são os
testemunhos e os
relatórios da Comissão do Aeroclube da França, que
era composta por pessoal
entendido nos assuntos ligados à Aviação.
Existe, ainda, outra
prova
verdadeira, aceita cientificamente, durante a realização
dos vôos de
Santos-Dumont em 12/Nov/1906, que foi a confirmação feita
por uma Comissão de
pessoas entendidas em Aviação que se tornaria,
posteriormente, a Federação
Aeronáutica Internacional.
Os
artigos publicados, sobre Santos-Dumont, em jornais e revistas,
reforçam o
parecer da Comissão do Aeroclube da França. As fotos e
filmes de suas
realizações, também fazem o mesmo, reforçam
e dão credibilidade à Comissão do
Aeroclube da França. Os milhares de testemunhos leigos
dão corpo e reforço aos
eventos autenticados pela Comissão do Aeroclube da França.
Portanto,
os artigos em jornais e revistas, as milhares de testemunhas leigas, as
incontáveis fotos, os filmes, etc, trabalham em conjunto
sinérgico, dando
corpo, reforço, confirmação e acima de tudo
credibilidade ao parecer da
Comissão do Aeroclube da França, que é aceito
cientificamente e cumpre todas as
exigências da metodologia científica para certificar os
feitos de Santos-Dumont
e, conseqüentemente, colocar o seu nome na História como o
verdadeiro inventor
do avião e o primeiro homem a voar o mais pesado que o ar, bem
como ter
realizado todos os seus vôos com controle.
O mesmo
raciocínio se aplica quanto a Comissão que se tornaria a
Federação Aeronáutica
Internacional.
Tal
fato não acontece com as supostas “provas” dos Irmãos
Wright, pois, conforme as
explicações supraditas, falta a principal e verdadeira
prova exigida para poder
autenticar os seus alegados feitos.
Portanto,
analisando todas as supostas provas supramencionadas dos irmãos
Wright, verificamos
que não são válidas cientificamente e não
atendem aos critérios da metodologia
científica para creditar aos irmãos Wright a primazia de
seus alegados feitos
aeronáuticos, no que tange às realizações
por eles requisitadas da invenção e
do primeiro vôo do mais pesado que ar.
Tais
suspeitas relativas ao questionamento da veracidade dos supostos
vôos
realizados pelos irmãos Wright se agravam, considerando que eles
não
demonstraram, antes de 1908, suas alegadas realizações, a
comissões de pessoas
que entendiam de Aviação, que seriam solicitadas pelas
sérias instituições,
para as quais eles tentaram vender seus inexistentes projetos:
Departamento de
Guerra Americano e Departamento de Guerra Francês.
O
Departamento de Guerra Americano informou aos Irmãos Wright no
final de 1905,
através de cartas oficiais, que somente apreciariam as suas
solicitações, se
fosse apresentada uma aeronave que realmente funcionasse, sendo que tal
aeronave nunca foi apresentada antes de 1908.
Durante
uma viagem à França, em 1907, eles estiveram na
iminência de fechar um contrato
com o Departamento de Guerra Francês, mas desistiram e não
demonstraram nada.
O que
os irmãos Wright fizeram durante a estadia na França, no
ano de 1907, além de
contatar o Departamento de Guerra Francês?
Antes
de eles ali chegarem outros pioneiros já haviam voado. Obtiveram
mais
informações sobre os aviões desses pioneiros,
junto ao amigo do Exército
Francês, Capitão Ferber? Conforme verificaremos mais
adiante, neste texto, os
irmãos Wright solicitaram, através de uma carta
endereçada ao Capitão Ferber,
tais informações, que foram atendidas.
Esses
eventos históricos são muito obscuros e são
passíveis de muitos
questionamentos, que nunca foram devidamente esclarecidos.
Nas
raras vezes em que os irmãos Wright convidaram pessoas que
entendiam de Aviação
para testemunhar os supostos vôos, sempre acontecia algo que, por
conveniente
coincidência, impedia a realização de tais
vôos. Exemplo: Octave Chanute, um
grande entendido de Aviação na época nos Estados
Unidos, não conseguiu assistir
ao alegado primeiro vôo em dezembro de 1903, devido às
condições climáticas
desfavoráveis (muito frio) e saiu do local no dia 12/Dez/1903,
não assistiu,
também, a nenhum outro vôo num período de cinco
anos entre 1903 e 1908.
Um grupo
de repórteres convidados em 1904 para ver o vôo da suposta
segunda máquina
construída em 1904, também foram impossibilitados de
verem os supostos vôos
devido a não ter havido vento suficiente. Uma equipe de
entendidos do Aeroclube
da França, os maiores especialistas em Aviação na
época, enviados especialmente
aos Estados Unidos no final de 1905 para ver os irmãos Wright
voarem, também
não viram nenhum vôo, devido aos irmãos Wright
alegarem que não voariam mais
depois do final de 1905, voltando a voar somente em 1908.
Wilbur
Wright voou pela primeira vez em 1908, com a aeronave denominada de
Flyer III,
na França, comprovadamente, satisfazendo todos os
critérios científicos
requeridos. Mas, antes deles, muitos outros pioneiros já haviam
voado por
diversas vezes, com sucesso, a partir de 1906.
O Fato
de terem voado em 1908 não significa que voaram antes de 1908 e
não existem
provas cientificamente válidas que comprovem tal
suposição.
Durante
as apresentações dos Wright ficou comprovado que o
aparelho deles não era
completo e não decolava por meios próprios e sempre
necessitava de auxílio
externo (Catapulta e Trilhos - Alguns relatos, não comprovados
cientificamente,
informam que o Flyer III podia decolar sem a catapulta, usando vento e
trilhos
em 1905).
Somente depois de
alguns desenvolvimentos aplicados ao aparelho dos
Wright, no final de 1908 (Ex: Instalação de novas
hélices de pás mais largas),
é que foi possível a decolagem sem vento ou catapulta,
mas precisava, ainda, de
usar os trilhos. Somente após 1908 é que os Wright,
após mais desenvolvimentos,
capacitaram sua aeronave com recursos que permitiram a decolagem com
seus meios
próprios e, dessa forma, o aparelho deles tornou-se um
avião de verdade,
podendo decolar sem auxílio externo. Porém, antes deles,
muitos outros
pioneiros fizeram vôos em aeronaves que não necessitavam
de auxílio externo
para decolar.
Durante
as apresentações do Flyer III na França, o
aparelho dos irmãos Wright foi
alardeado como de desempenho superior, mas essa não é uma
observação tecnicamente
correta, pois tende a supervalorizar os feitos do Flyer III.
Uma das
razões importantes sobre o desempenho alardeado foi devido a
não existência na
aeronave dos irmãos Wright de um sistema que capacitaria o Flyer
III de decolar
com seus meios próprios. Tal sistema impõe aos
aviões verdadeiros várias
restrições que reduzem consideravelmente o seu
desempenho, como por exemplo, o
arrasto (resistência ao avanço no ar) considerável
que limita seriamente a
aerodinâmica do vôo e, ainda, devido a ter que carregar o
peso extra de tal
sistema, que era utilizado apenas durante as decolagens e os pousos,
não tendo
utilidade durante os vôos nos aviões verdadeiros. Esse
problema se agravava
ainda mais, considerando que os aviões da época eram
muito rudimentares.
Os
defensores do Flyer III poderiam alegar que, com relação
ao desempenho, a falta
da capacidade de decolar era compensado pela capacidade de transportar
um
passageiro que o Flyer III possuía.
Essa
visão simplista não é correta, pois as
limitações impostas aos aviões da época,
devido à capacidade de poder decolar com seus próprios
meios, era muito maior
do que as restrições existentes quanto ao transporte de
apenas um passageiro em
uma aeronave sem a capacidade de decolar.
A
capacidade de decolar sem auxílio externo não é
somente devido ao trem de pouso
dos aviões daquela época, que também causava
sérias limitações aerodinâmicas
(arrasto).
A
capacidade de decolar exigia a instalação na aeronave de
muito mais recursos
necessários, além do trem de pouso, para possibilitar a
decolagem por seus
meios próprios, os quais impunham à aeronave
várias e sérias restrições quanto
ao seu desempenho.
Os
irmãos Wright foram incompetentes e incapazes de solucionar os
vários desafios
que existiam quanto ao problema de se capacitar um avião a
decolar com seus
meios próprios e usaram um recurso exótico (Catapulta e
Trilhos) que impedia a
praticabilidade do uso de sua aeronave.
Portanto,
o pseudo-avião Flyer III, que dependia de auxílio externo
para poder voar
(Catapulta e Trilhos) estava sendo comparado com verdadeiros
aviões, sendo que
tal comparação não é correta.
O único
verdadeiro bom desempenho do Flyer III era com relação o
seu sistema de
controle de vôo que permitia boa manobrabilidade à
aeronave.
Portanto,
o Flyer III não pode ser supervalorizado com
relação aos vôos executados, pois
a aeronave era boa em manobrabilidade e deficiente em executar
vôo autônomo,
pois dependia de auxílio externo.
Os
adeptos dos irmãos Wright tendem, sempre, equivocadamente,
supervalorizar as
qualidades e minimizar, ou, na maioria das vezes, ignorar as
deficiências do
Flyer III.
O Flyer
III foi apenas mais um passo no sentido de se desenvolver um
equipamento que já
tinha sido inventado e voado, anteriormente, por outro pioneiro.
Apenas em 1910
foram instaladas RODAS ao Flyer, imitando TODOS os outros aparelhos que
então voavam na Europa, inclusive o já avançado
Demoiselle de Santos=Dumont.
Os
irmãos Wright nunca patentearam nenhum avião,
patentearam, apenas um planador.
O
objetivo principal desta mensagem não é questionar se a
aeronave dos irmãos
Wright decolava ou não por meios próprios, ou era
incompleta.
A
principal questão colocada em dúvida é a
alegação, sem provas válidas, de que os
irmãos Wright voaram o mais pesado que
o ar antes de 1908, independente de qualquer outro questionamento
relativo à
incapacidade de decolar ou referente à praticidade da aeronave
em questão, pois
para ser considerado aparelho mais pesado que o ar não é
necessário decolar por
meios próprios.
A
retórica sobre os irmãos Wright usa a muito a
falácia, devido à mistura de
supostos acontecimentos e de diversos fatos complexos envolvendo-os,
tais como:
- queima de um planador em protesto a cópias ilegais, que nunca
foram
comprovadas;
- registro de patentes;
- melhorias nos comandos de vôo, que
eles não inventaram;
- descobertas em Aerodinâmica, que não foram apenas
exclusividades deles;
- desenvolvimento de planadores;
- vôos em planadores;
- experimentos aeronáuticos;
- publicação de artigos em jornais e revistas;
- pseudoprovas apresentadas, que não satisfazem os
critérios da Ciência.
Tudo
isso faz parte da tal retórica, que contém muitos
raciocínios sofismáticos, cujo
conteúdo, que mistura verdades com inveracidades, gera a
tática comumente
utilizada para rejeitar qualquer questionamento que coloque em
dúvida a
veracidade de tais alegações, bem como para confundir as
pessoas e induzi-las a
acreditar que os irmãos Wright foram os primeiros a voar e a
inventar o mais
pesado que o ar.
Um fato
muito importante e historicamente comprovado, entre muitos outros, que,
geralmente, não é comentado pelos adeptos dos
irmãos Wright, é o fato de os
irmãos Wright terem solicitado diversas
informações sobre o avião de
Santos-Dumont, o 14-bis, que voou em 1906 e sobre o avião do
famoso aviador
francês Henri Farman que voou muito antes dos irmãos
Wright, realizando o
primeiro vôo circular comprovado da história.
Somente depois de
terem obtido
tais informações, é que, meses depois, os
irmãos Wright se apresentaram
publicamente na França e realizaram os seus primeiros vôos
comprovadamente
aceitos como verídicos e alardeados como de desempenho superior
aos realizados
anteriormente por outros pioneiros. Tais solicitações
foram feitas ao Capitão
do Exército Francês Ferber, que era amigo dos
irmãos Wright e que respondeu
prontamente, fornecendo as informações solicitadas, pois
tais informações nunca
foram mantidas em segredo, principalmente com relação a
Santos-Dumont que nunca
escondeu os segredos de seus inventos.
Os
irmãos Wright aperfeiçoaram as informações
recebidas e dessa forma puderam fazer um vôo melhor que os outros
pioneiros?
Que uso eles fizeram de tais informações? Conforme os
questionamentos aqui
citados, existem muitos outros bem fundamentados, para os quais
não existem
respostas satisfatória por parte dos adeptos dos irmãos
Wright.
Considerando
todo o assunto até aqui exposto, verifica-se que a
história em questão sobre os
Irmãos Wright é desprovida de qualquer fundamento
científico, que embase e
comprove a veracidade dos fatos a eles creditados e concluímos
que, as
organizações envolvidas em divulgá-los, não
estão sendo coerentes, quanto à
correta autenticação exigida, para confirmar suas
supostas realizações
aeronáuticas, relativas ao invento e à
execução do primeiro vôo do mais pesado
que o ar.
Dessa
forma, criticamos seriamente os canais Discovery Channel e History
Channel,
quanto ao assunto em questão.
Essas
entidades são extremamente exigentes quanto à
aplicação da metodologia
científica em todas as atividades da Ciência e da
História da Ciência em seus
documentários, sendo que, em vários casos, chegam a ser
consideradas
exageradas, devido às minúcias exigidas na
comprovação de várias descobertas e
realizações científicas.
Porém,
tais exigências científicas, são estranhamente
ignoradas, quando se trata do
importantíssimo assunto envolvendo os alegados feitos dos
irmãos Wright, não
veiculando, assim, nenhum questionamento quanto as suas supostas
realizações,
transmitindo, dessa forma, a idéia de que os supostos
empreendimentos
realizados pelos irmãos Wright são inquestionáveis
e verídicos. Tal
comportamento reprovável desses canais de televisão leva
a sérios
questionamentos quanto a outros assuntos que possam estar sendo
“protegidos”
por esses veículos de comunicação em massa,
colocando em dúvida a seriedade
desses canais de televisão.
Esses
canais de televisão deveriam, no mínimo, de forma
imparcial, divulgar as
diversas e sérias dúvidas que pairam quanto às
alegadas realizações dos Irmãos
Wright.
Como
podem, esses supostos sérios canais de televisão, agirem
dessa maneira
condenável e parcial?
Uma boa
resposta a esta pergunta envolve duas principais causas: 1) Os canais
televisivos em questão são empreendimentos Estadunidenses
e o assunto em pauta
envolve seus intocáveis e inquestionáveis mitos
nacionais; 2) O uso de
critérios científicos de comprovação nos
documentários destruiria o mito dos
Irmãos Wright e tornaria insustentável defender as suas
supostas primazias.
Todas
as vezes que tais questionamentos sobre a veracidade dos alegados
feitos dos
irmãos Wright foram encaminhados aos envolvidos em
divulgá-los, as respostas
sempre foram evasivas e insatisfatórias e, algumas vezes, rudes,
sendo que,
nunca, tais respostas, contiveram provas fundamentadas na metodologia
científica que comprovassem as alegações
veiculadas sobre o assunto em questão.
Muitas vezes, tais
questionamentos, não são respondidos e seus protetores
mantêm-se em total silêncio, devido a não existirem
respostas válidas. Algumas
vezes, as respostas insatisfatórias se atêm a detalhes
não relevantes quanto a
supostas falhas de redação nas cartas de protesto, ou
quanto às idéias,
intencionalmente por eles mal compreendidas, com o objetivo de
polemizar o mais
possível, na tentativa de sustentar suas alegações
infundadas, não aprovadas
pelos critérios da Ciência.
Com
relação aos representantes no Brasil dos canais Discovery
Channel e History
Channel, não é possível encaminhar nenhuma
mensagem aos mesmos via “e-mail”,
por não existir essa facilidade disponível e, nem
tão pouco, os seus endereços
são divulgados, demonstrando uma atitude prévia no
sentido de ficarem
inacessíveis aos protesto populares. Eles podem divulgar o que
quiserem, sem
ter que prestar contas à opinião pública de
maneira rápida e fácil.
Dessa
forma, deveria ser repensada, conforme a necessidade, a
legislação em vigor,
para obrigar esses empreendimentos a disponibilizar um canal de acesso
fácil e
rápido de contato com os mesmo, principalmente devido ao fato de
operarem um
veículo de comunicação importante, que exerce
influência expressiva e imediata
na sociedade.
Somos de parecer que
essa situação não é correta e que devem ser
providenciados mecanismos adequados para corrigir essa
deficiência, que somente
tem beneficiado aqueles que não têm compromisso
sério com o nosso povo.
Toda
essa atitude negativa, aqui mencionada, afeta de maneira prejudicial e
inquestionável os grandiosos feitos de Santos-Dumont, que foi
realmente o
inventor do avião e o primeiro a realizar o vôo do mais
pesado que o ar em
1906. Muitas vezes o nome de Santos-Dumont é apenas mencionado
rapidamente em
alguns documentários, como um mero ator secundário,
tendendo a ser apenas um
figurante com quase nenhuma importância.
A
comunicação em massa oriunda dos Estados Unidos, que
é poderosa e riquíssima,
veiculando esse erro histórico, envolvendo os irmãos
Wright, tem como efeito
colateral, para não dizer proposital, a tendência de
apagar da história o nome
do famoso inventor brasileiro Alberto Santos-Dumont, bem como as suas
realizações e a primazia por ele merecida quanto à
invenção do avião e do vôo
do mais pesado que o ar.
Existe
um ditado popular que diz: “Quanto mais se veicula uma mentira, mais
ela tende
a se tornar uma verdade”.
O
assunto principal desta mensagem não é falar sobre nosso
caríssimo
Santos-Dumont, pois suas realizações são
inquestionáveis e foram certificadas
por comissões, aceitas pela Ciência, composta por pessoal
entendido em Aviação,
que estavam presentes na data e no local dos eventos e puderam avaliar,
observar e estudar o avião 14-bis, sem nenhuma
restrição, por diversas vezes,
bem como os vôos realizados. Tal fato científico
comprobatório nunca ocorreu
com os supostos feitos dos Irmãos Wright antes de 1908.
Os
supostos vôos dos irmãos Wright, anteriores a 1908, nunca
foram avaliados ou
presenciados por uma equipe ou comissão compostas por pessoas
entendidas em
Aviação, que poderiam certificar cientificamente tais
vôos e esse fato sempre
foi do conhecimento dos irmãos Wright.
Alegações
no sentido de se declarar que não existiam pessoas entendidas em
Aviação
naquela época são infundadas e evidencia que quem faz
tais alegações desconhece
a História da Aviação e não é
merecedor de crédito quanto as suas opiniões
relativas ao assunto em questão.
Os
Irmãos Wright contribuíram no desenvolvimento do
avião, mas não foram os seus
inventores, nem, tão pouco, foram os primeiros a voar uma
aeronave com
potência.
“Onde
estão as provas cientificamente
válidas, que satisfaçam completamente a metodologia
científica, que realmente
comprovem que os irmãos Wright voaram o mais pesado que o ar
antes de 1908?”
“Onde
estão as provas cientificamente
válidas, que satisfaçam completamente a metodologia
científica, que realmente
comprovem que os irmãos Wright inventaram o mais pesado que o
ar?”
Essas
provas não existem, portanto os
irmãos Wright não inventaram e nem, tão pouco,
foram os primeiros a voar o mais
pesado que o ar e, conseqüentemente, não merecem o
crédito pela primazia em
questão, tal primazia pertence a outro pioneiro da
Aviação.
Os
irmãos Wright estiveram envolvidos na tentativa de serem os
primeiros a voar,
mas não obtiveram sucesso e se aproveitaram de muitos
acontecimentos que
ocorreram, para usufruir em benefício próprio, na
tentativa de requisitarem a
primazia da realização do primeiro vôo com
potência, bem como da invenção do
avião.
Quanto
mais se pesquisa, quanto mais se analisa, percebe-se que a
história dos irmãos
Wright é uma trama muita bem urdida, muita bem arquitetada de
longa data, desde
1903, ou antes, no sentido de se apoderar do que não lhes
é devido, fazendo uso
distorcido de vários fatos que aconteceram e de fatos obscuros
(pseudofatos),
que não resistem a uma análise séria, fazendo o
uso de verdades, de
meias-verdades e de inverdades, tornando todo o assunto muito complexo,
extenso
e dificultoso às pesquisas, objetivando desestimular e
desacreditar qualquer
questionamento sério, que coloque em dúvida as
alegações por eles defendidas
sobre a primazias indevidamente creditadas aos irmãos Wright.
Essa
atitude negativa, infelizmente, tem levado os mais incautos a
acreditarem em
tal história complexa e inverídica sobre a
invenção do avião, envolvendo os
irmãos Wright como os detentores da primazia na
realização do primeiro vôo do
mais pesado que o ar, bem como da invenção do
avião.
Porém,
felizmente, essa inverídica história complexa não
resiste à analise criteriosa,
feita à luz da metodologia científica. Tal
história sucumbe perante as
investigações sérias e minuciosas, baseadas nas
regras da Ciência. As pesquisas
científicas mostram todos os enganos, evidenciam todos os erros
cometidos,
revelam todas as contradições e as
intenções escusas no sentido de se creditar
aos Irmãos Wright as primazias indevidamente as eles
atribuídas, demonstrando,
assim, que os irmãos Wright não voaram o mais pesado que
ar antes de 1908 e
nem, tão pouco, foram os responsáveis pelo invento do
avião, por absoluta falta
de provas cientificamente válidas.
Graças
às pesquisas sérias, embasadas na metodologia
científica e na História da
Ciência, podemos restaurar a verdadeira história sobre
quem realmente foi o
primeiro a voar e a inventar o mais pesado que o ar, sendo que, com
certeza, o
mérito de ter alcançado, arduamente, essa proeza
não pertence aos Irmãos
Wright.
A bem
da verdade, os irmãos Wright não são,
sequer, nem os segundos, nem os terceiros a construírem e a
realizarem os
pioneiros vôos do mais pesado que o ar. Outros pioneiros,
comprovados pela
ciência, fizeram tais proezas, por diversas vezes, antes dos
irmãos Wright. São
eles: Henri Farman, o segundo a voar em 26/Out/1907; Leon Delagrange, o
terceiro a voar em 11/Abr/1908. Todos os vôos foram realizados
por pioneiros
franceses em aviões que decolavam por seus meios próprios.
Esses
pioneiros franceses, também, são relegados a segundo
plano pelos adeptos dos
irmãos Wright, pois a simples menção séria
desses pioneiros motivaria pesquisas
importantes, por parte de muitas pessoas, que contribuiriam para
revelar a
verdadeira História da Aviação, prejudicando de
maneira indelével a imagem
incorretamente atribuída aos irmãos Wright.
Por oportuno,
é importante
informar que o ônus da prova compete e exige-se de quem declara a
existência de
realização de fatos inventivos, sendo que até o
momento, os adeptos dos irmãos
Wright nunca conseguiram provar as suas declarações e
nunca apresentaram provas
válidas, que fossem recepcionadas pela metodologia
científica, que sempre são
exigidas nos casos de comprovações de inventos e de
realizações históricas
relevantes.
“O
Verdadeiro Centenário do invento do
avião e do primeiro vôo do mais pesado que o ar
deverá ser comemorado em 23 de
Outubro de 2006 e o homenageado será o Ilustre Inventor
brasileiro Alberto
Santos-Dumont, o Pai da Aviação”.
Dessa
forma, repetimos e reafirmamos que estaremos sempre alertas a essas
tentativas
espúrias de confundir nosso povo e de distorcer a
História da Aviação e não
admitiremos, jamais, que se furtem de nosso Ilustre Inventor brasileiro
os
méritos a ele atribuídos, por absoluta justiça e
reconhecimento cientifico,
pelo fato de ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado que o ar e
de ser o
verdadeiro inventor do avião, sendo que tal fato foi
corretamente reconhecido,
sob a supervisão do Aeroclube da França, sem o uso de
nenhum subterfúgio
condenável.
Isto
posto, fundamentados na metodologia
científica, reafirmamos a nossa manifestação de
repúdio e protesto contra a
divulgação em nosso país de fatos desprovidos de
bases científicas sobre a
História da Aviação, na tentativa de se creditar
aos irmãos Wright a primazia
do invento e da realização do primeiro vôo em
aeronave com motor, pois tal
tentativa não satisfaz os critérios científicos
requeridos com relação à
comprovação de fatos históricos e de
invenções importantes da humanidade,
principalmente no que tange à invenção e à
realização do primeiro vôo do mais
pesado que o ar.
Fontes:
Artigo
da Revista Aerovisão n° 175, ano XVI, 1989, do
Ministério da Aeronáutica:
Santos-Dumont x Irmãos Wright - Colaboração
Granville G. de Oliveira,
Pesquisador do CNPq
Informações
sobre Santos-Dumont - www.cabangu.com.br
Diário
dos
irmãos Wright -
www.centennialofflight.gov
Informações
sobre os irmãos Wright
e seus alegados vôos - www.centennialofflight.gov