Alberto Santos=Dumont - Uma Homenagem ao Pai da Aviação  

Cronologia de
Alberto Santos= Dumont

 Capa

Agosto/1900 a Dezembro/1900

Dirigível nº 4

Balão dirigível n.º 4 de Santos=Dumont

N - invólucro; G - 1eme de direção; E-F - haste de suporte; M - hélice;
A - reservatório de água para o lastro; B - reservatório de combustível.

As duas rodas estão erroneamente mostradas no desenho; serviram apenas pare o deslocamento no solo do balão e não subiam com ele.

 01 AGO - Terminação da construção do balão dingível nº 4 de Santos=Dumont.

O "Santos=Dumont nº 4" era um balão dirigível de forma cilindro-cônica simétrica com 28,6 metros de comprimento, com o diâmetro na parte cilíndrica de 5,6 metros, com 24 metros quadrados de superfície da seção central e com um volume de 420 metros cúbicos. Possuía um balonete interno de compensação com 35 metros cúbicos.

O peso do invólucro de seda japonesa envernizada e do balonete de compensação era de 57 quilogramas; a superfície do invólucro era de 392 metros quadrados. O leme de direção, com forma de pentágono secionado e com uma superfície de 6,5 metros quadrados, era afixado na extremidade posterior do invólucro.

No invólucro do "Santos=Dumont n.º4" existia uma válvula na parte superior, de 40 centímetros de diâmetro, para emergência; na parte inferior do invólucro existiam duas válvulas, de 20 centímetros de diâmetro, que deixavam, automaticamente, sair o hidrogénio quando submetido a pressões de 15 milímetros d'água; no balonete interno havia uma válvula de 20 centímetros de diâmetro.

Dirigível nº 4

Motor, selim e pedais de bicicleta usados por Santos=Dumont no seu balão dirigível n. º 4; note-se os quatro cilindros do motor de 10 cavalos vapor que foi posteriormente adaptado ao balão.

O "Santos=Dumont n.º 4" não tinha barquinha e o aeronauta ia precariamente sentado num selim de bicicleta e com os pés apoiados em pedais de bicicleta, os quais eram acionados por ocasião da partida do motor.

Ao alcance das mãos do aeronauta ficavam os seguintes comandos:
- o da centelha elétrica para a partida inicial do motor;
- a roda de comando da embreagem da hélice, a qual era acionada para movimentar a hélice após o motor ter sido posto em marcha ou para parar a hélice durante o vôo, sem ter que parar o motor;
- o comando do ventilador para alimentar de ar o balonete interno de compensação;
- a roda de comando do leme de direção; a corda de acionamento do peso móvel destinado a fazer variar a inclinação de eixo longitudinal do balão;
- o comando da válvula de emergência para deixar escapar o hidrogênio e esvaziar o balão;
- o comando do tanque de água para soltar lastro.

O motor, os acessórios e o selim achavam-se instalados sobre uma haste de bambu de 9,5 metros de comprimento; esse conjunto pesava 160 quilogramas; o peso das cordas de suspensão era de 6 quilogramas.

Na extremidade anterior da haste de bambu achava-se Instalada a hélice "tratora" (hélice montada à frente do aparelho; hélice que "puxa" o dirigível), a qual era feita de uma armação de alumínio e aço recoberta de seda; a hélice tinha 4 metros de diâmetro, pesava 27 quilogramas e girava a 180 rotações por minuto; a tração da hélice, medida no ponto fixo, era de 30 quilogramas.

O motor a petróleo do "Santos=Dumont nº 4" era um Clément de dois cilindros, com ignição elétrica e refrigerado a ar; girava a 1.500 rotações por minuto e acionava um ventilador de alumínio o qual, a 3.000 rotações por minuto, alimentava de ar o balonete interno de compensação; a potência do motor era de 7 cavalos vapor.

Santos=Dumont, no seu dirigível n.º 4, usou água, em vez de areia, para o lastro, num tanque de 54 litros. Para movimentar o balão no solo, Santos=Dumont adotou um carro destacável formado por duas rodas de bicicleta.

O balão possuía um dispositivo para deslocar um peso no sentido longitudinal, de modo a inclinar o eixo do balão para a subida ou para a descida. Posteriormente, o "Santos=Dumont n.º 4" foi aumentado de tamanho, pelo acréscimo de mais uma seção do invólucro; o balão passou a ter um comprimento de 33 metros; a força ascensional do balão passou para 500 quilogramas; um motor mais possante, de 4 cilindros e 10 cavalos vapor, foi instalado ("Dans L'Air") ("Vie au grand air" - 29 JUN 1900 - Artigo assinado por Emma-nuel Aimé).

19 SET - Experiência com o balão dirigível n.º 4 em Saint Cloud, tendo se quebrado o leme de direção; essa experiência foi feita na presença dos membros do "Congresso Internacional de Aeronáuticã" ("Dans I'Air")

16 DEZ - Santos=Dumont achava-se em Nice, curando-se da pneumonia adquirida com as experiências do balão dirigível n.º 4. O aeronauta, sentado num selim de bicicleta recebia em cheio o vento da hélice tratora ...

Motor Dirigível n.º 4

Motor de dois cilindros usado inicialmente no balão dirigível n.º 4 de Santos=Dumont; na fotografia notam-se ainda: dois tanques, sendo o superior para combustível e o inferior para água do lastro; os pedais de bicicleta onde Santos=Dumont apoiava os pés; dois volantes sendo. provavelmente, o inferior destinado a embrear a hélice e o superior pare comandar o leme de direção.

Santos=Dumont, nesse dia, participou de uma excursão de automóvel até La Turbie (L’Éclaireur – Nice – 17 DEZ 1900) – Santos=Dumont, durante a convalescença em Nice, construiu a quilha triangular do balão dirigível n.º 5

26 DEZ – Santos=Dumont achava-se de regresso em Paris (L'Auto-Velo – Paris – 27 DEZ 1900)

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