Amores
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Alberto Santos Dumont, dedicou um carinho especial as mulheres. Usou
os homens para construir seus inventos e as mulheres para usufruir deles.
Em junho de 1898, Madame de Forest acompanhou-o em sua primeira ascensão
em que levou passageiros.
Em 1 de agosto de 1901, recebe da Princesa Isabel uma medalha de São
Bento para protege-lo. Designou de Antoinette, o motor do seu Lavavasseur.
Em 26 de novembro de 1901, é homenageado em banquete pela sociedade
das mulheres jornalistas da Inglaterra, Ëssex Hall.
Em 24 de janeiro de 1902, a Imperatriz Eugênia, viúva de
Napoleão III, o visitou no seu hangar em Nice.
Em 29 de junho de 1903, Aida de Acosta pilota sozinha o Dirigível
Nº 9. Foi a única pessoa a dirigir um de seus veículos
aéreos. Durante anos a foto que dominou sua escrivaninha foi a da
intrépida moça num enorme e arrojado chapéu.
Até hoje, é conservada, na sua casa "Encantada" em Petrópolis
o retrato da chilena Luiza Villagram Junior, que conheceu em 1916, em Santiago,
durante o Congresso Pan-americano de Aeronáutica.
Santos=Dumont encomendava jóias a seu amigo Cartier, onde destaca-se
uma peça crivada de rubis, e gravada com uma dedicatória à
certa "Belle de Neuilly", personagem misteriosa que disseram ser a amante
do inventor.
Sua proposta de casamento com Janine Voison, em 1923, foi frustrada pelo
pai devido a diferença de idade.
Descobriu-se que ele, anonimamente, colocava $100 francos, todos os meses,
na caixa de correio da residência de duas senhoras na rua Chaptal.
Em 1926, as senhoritas Yolanda Penteado, sua sobrinha, e Porgés,
campeã francesa de esquiação, experimentaram seu equipamento
de propulsionar esquiadores. Há quem diga que o inventor era
apaixonado por Dona Olívia Guedes Penteado.
No Guarujá / SP era frequentador do Grande Hotel La Plage, onde
posteriormente passou a residir e conheceu a cantora lírica Bidu Sayão
por quem manteve uma grande amizade. Muitos afirmam
que sua depressão teve início com a ida da desta para a Europa.
Segundo Iraci Morrone, residente no Guarujá e, na época camareira
do hotel, Santos=Dumont, era um homem metódico, mantinha tudo extremamente
arrumado e no lugar.
Não constituiu família, pois a construção de
suas máquinas consumia todo o seu tempo. Era um homem excêntrico,
pois andou de avião quando ninguém fazia isso.
Não existe na história um brasileiro que tenha o próprio
nome e o de seus inventos mais lembrado em logradouros, escolas, restaurantes,
cidades, relógios e mesmo em uma Cratera na Lua.
Constituiu o personagem de maior orgulho nacional, sendo, portanto, justo
que todos queiram se identificar com ele.
Alfredo Muradas Dapena